domingo, 16 de dezembro de 2012

Com gol de Guerrero e atuação excelente de Cássio, Corinthians é Bi-Campeão Mundial

guerrero corinthians x chelsea (Foto: Getty Images)
Guerrero comemorando o gol do título do Corinthians

Rivais, ajoelhem-se para reverenciar a história construída pelo Corinthians e a Fiel neste 16 de dezembro de 2012. Sem precedentes. Eterno. O time formado por jogadores operários, o clube do povo e da apaixonada torcida que cruzou continentes têm o futebol a seus pés. Sofrido, suado, chorado, o Corinthians venceu o Chelsea por 1 a 0, em Yokohama, e deixou de ser apenas Paulista como está escrito em seu centenário símbolo. O Corinthians é do mundo. Bicampeão do mundo.

A conquista corintiana tem um herói em cada extremidade do campo. Na defesa, Cássio cresceu acima dos seus 1,95m para criar uma nova categoria de milagres ao defender chutes de Cahill e Moses no primeiro tempo. No segundo, brilhou Paolo Guerrero. O mesmo Guerrero que foi dúvida para o torneio. O mesmo herói da classificação nas semifinais. Agora, eternizado com o gol de cabeça aos 23 minutos.
Assim como na Libertadores, vencida diante do sempre temido Boca Juniors, o Corinthians chega ao título contra um adversário poderoso. O Chelsea, símbolo máximo do novo futebol comandado por mecenas do leste europeu ou das Arábias, sucumbiu diante de um adversário sem estrelas, mas extremamente eficiente.
O triunfo sobre os ingleses completa um ciclo de vitórias grandiosas que teve início em uma derrota histórica. Da Série B para o estrelato. O Corinthians rebaixado no Brasileirão de 2007 aprendeu com os erros e se reestruturou para chegar ao topo. Agora, desponta como uma das potências do futebol nacional nos próximos anos.
Tatuapé, Mooca, Interlagos, Itaquera, Pirituba, Jardim Ângela, Cachoeira, Vila Mazzei, Vila Moraes, Cangaíba, Tucuruvi, Capão, Bela Vista, Guarulhos, Francisco Morato, Tabão da Serra, Carapicuíba, Itaquaquecetuba, Pindamonhangaba, Serra Negra, Suzano, Mogi Guaçu, Cubatão, Praia Grande, Rio Preto, Indaiatuba, Sorocaba, Jundiaí, Curitiba, Espírito Santo, Maranhão, Santa Catarina Miami, Sydney...
...as bandeiras da Fiel penduradas no estádio neste domingo simbolizam uma das maiores demonstrações de amor da história do futebol. Alvinegros de todas as partes tomaram fizeram do estádio da finalíssima um Pacaembu em proporções gigantes. As ruas do Oriente estão tomadas, enlouquecendo os rígidos japoneses com os gritos de “Vai, Corinthians” em uma festa que só terminará no Brasil. Ou em qualquer outro lugar da Terra. 
paolo guerrero emerson corinthians x chelsea (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)
Paolo Guerrero e Emerson em disputa com IvanovicCássio faz milagres no primeiro tempo
O Corinthians usou a obediência tática para não permitir que o Chelsea tirasse proveito de sua melhor qualidade técnica. O Timão cumpriu à risca o que Tite pediu nos últimos dias e esperou os jogadores da equipe inglesa no campo de defesa para tentar surpreender nos contra-ataques. A estratégia deu certo, mas poderia ter funcionado melhor com mais capricho nas finalizações, principalmente de Emerson.
Os Blues fizeram a bola rodar de lado a lado nos primeiros minutos. Rafa Benítez surpreendeu ao escalar Lampard, Ramires e Moses, dando mais habilidade ao meio de campo e força ao ataque. A mudança em relação à semifinal, porém, deu espaços aos brasileiros. Paulinho, travado por Cahill na finalização, quase marcou após linda jogada entre Fábio Santos e Danilo.
O zagueiro inglês, aliás, foi para os vestiários sem entender o milagre operado por Cássio que salvou o Corinthians de ficar em desvantagem logo no início. Em desvio de cabeça dele, Chicão cortou. No rebote, o próprio grandalhão britânico chutou de bico quase na pequena área para incrível defesa do “Frankenstein” no canto esquerdo.
cassio corinthians x chelsea (Foto: Reuters)
Cássio salva na linha após finalização de Cahill
Mais solto a partir dos 20 minutos, os corintianos foram liderados por um inspirado Paolo Guerrero, longe de ser apenas o centroavante que Tite tanto quis. O peruano brigou, abriu espaço, mas não pôde contar com Emerson. O herói da Libertadores esteve apagado, perdendo grande chance ao receber do camisa 9 sem marcação e não retribuindo a gentileza quando o companheiro aparecia livre na área.
A incredulidade inglesa aumentou perto do fim. Cássio, mais uma vez, arrancou gritos de espanto no estádio. Primeiro, em chute cheio de veneno de Moses, que defendeu com a ponta dos dedos no canto esquerdo. Depois, freou uma finalização de longa distância de Mata. Um gigante. 
O Gol do Guerrero
A cautela corintiana acabou definitivamente no segundo tempo. O Timão voltou do intervalo mais agressivo ofensivamente, com Paulinho se aproximando do trio de ataque. O Chelsea também não se poupou. O resultado foram minutos em que o meio de campo deixou de existir e abriu as defesas. Cássio, de novo, parou Hazard após passe certeiro de Mata.
Embalado pelo incentivo da torcida, o Corinthians passou a controlar o jogo em ritmo cadenciado para envolver a marcação adversária. O gol parecia se aproximar e veio da cabeça do melhor alvinegro em campo na partida. Aos 23, Danilo cortou a marcação e bateu prensado. A bola subiu, caiu e encontrou a cabeça de Guerrero. Desvio simples, gol eterno.
O Chelsea esteve longe de reagir. Benítez imediatamente colocou o brasileiro Oscar na vaga do nigeriano Moses, mas a produtividade seguiu baixa. O Corinthians e agigantou com a vantagem, brigando por cada centímetro de campo e impedindo que os ingleses crescessem novamente.
Nos minutos finais, os Blues ainda tentaram furar. Furaram é bem verdade, mas não por completo. Aos 40 minutos, quando o empate parecia certo, Cássio fez mais uma milagre ao defender chute de Fernando Torres quase na pequena área. Aos 46, o espanhol chegou a marcar, de cabeça - gol corretamente anulado, por impedimento. Era a noite de Cássio. Era a noite do Corinthians bicampeão mundial.
Corinthians: O Campeão dos Campeões
GALERIA CHAMADA corinthians x chelsea (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)

APOIO: Globoesporte.com



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Caixa Econômica Federal é o novo patrocinador do Corinthians até o final de 2014; patrocinador é para o Mundial

Link permanente da imagem incorporada
Modelos Danilo, Romarinho e Zizao apresentando a nova camisa do Corinthians

O Corinthians apresentou a nova camisa já com o novo patrocinador. Caixa Econômica Federal fechou com o Corinthians por R$ 31 milhões. O patrocínio é para o Mundial de Clubes da FIFA, que começa no dia 6 de dezembro. Patrocínio até final de 2014

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Com o empate da Portuguesa sobre o Grêmio, a vitória do Bahia sobre a Ponte Preta e a vitória do Sport sobre o Botafogo, Palmeiras é rebaixado à Série B


A 36ª rodada do Campeonato Brasileiro decretou o rebaixamento do Palmeiras à Série B. Os torcedores do Verdão estão cabisbaixos, mas os rivais não querem nem saber. E a zoação não para na internet: elas vão da paródia da cena do filme ‘A Queda! As últimas horas de Hitler’ ao hit Gangnam Style com o rosto de Barcos no lugar do cantor sul-coreano Psy.

Abaixo você confere os principais vídeos, imagens e frases que estão rolando nas redes sociais e blogs:
Hitler palmeirense: ‘O Palmeiras cai mais que o Neymar’

Rebaixamento Style
Mussum Forevis
Caverna do Dragão: Desejo Impossível
Novo Reforço do Verdão
Nas Redes Sociais...
Angry Birds
Sheik Malvado
Patrocínio Novo
Carne de Segunda
Naufrágio Verde
Novo Técnico
Piada Sem Graça
Aniversário de 10 anos
Ótima Segunda
Até o Chapolin
Imagem da Semana
Status Atual
Dia de São Marcos
No Supermercado...
Guarani da Capital
Lançamento Automotivo
Na Estrada...
Love Malvado...
Patrocínio Master
Obituário
Paralamas do Sucesso
FRASES
“O Palmeiras viaja no sábado, joga no domingo e volta na SEGUNDA (divisão)”.
“Depois da rodada, eu até telefonei pra tentar consolar um amigo palmeirense, mas a ligação CAIU…”
“Então seu time é ‘o maior campeão nacional’? Conte-me como é ser BI-REBAIXADO!”
“Sabe qual é a semelhança entre o Palmeiras e o dia dos mortos? Os dois caem em novembro!”
“O Porco vai comemorar os 10 anos do primeiro rebaixamento com mais um rebaixamento!”
“Qual a diferença do Palmeiras pro dente de leite? Resposta: É que o dente de leite só cai uma vez”
“É, Palmeiras, agora não adianta chorar o Maikon Leite derramado”
“Inauguração da nova Arena Palestra – Promoção – Palmeiras x ASA de Arapiraca”
O time do Palmeiras soube do rebaixamento no ônibus no KM 322 da Via Dutra

Delegação acompanha duelo entre Portuguesa e Grêmio durante viagem de volta para São Paulo. E chega ao inferno em Itatiaia, com silêncio e lágrimas


Em campo, o Palmeiras não conseguiu o principal objetivo: vencer o Flamengo. Empatou por 1 a 1, em Volta Redonda, e colocou o próprio destino nas mãos dos adversários. Restou ao Verdão segurar as lágrimas - de alegria ou tristeza - até o fim do jogo da Portuguesa contra o Grêmio, no Canindé. Acabada a partida no Raulino de Oliveira, o time entrou em um ônibus para percorrer a Rodovia Presidente Dutra de olho no que o destino reservava: uma estrada com um oásis no fim ou o inferno da Série B à espera em algum lugar entre Rio e São Paulo.

Ônibus do Palmeiras na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Ônibus do Palmeiras escoltado pela polícia na Via Dutra
Após o empate, a delegação palmeirense ainda ficou em silêncio por cerca de uma hora no vestiário. Choro, só no campo, de forma modesta. Os jogadores ficaram quietos, cabisbaixos, sem reação.
- Já viram velório? Foi isso que aconteceu depois do jogo - resumiu o técnico Gilson Kleina.
O grupo caminhou para o ônibus com a expressão de quem perdeu realmente um amigo ou parente próximo. A viagem seria de muita tensão. Afinal, o time deixou o estádio às 20h, quando Portuguesa e Grêmio já se enfrentavam no Canindé, com o placar de 0 a 0. Um empate já seria suficiente para rebaixar o Palmeiras, que precisaria torcer como nunca por uma vitória dos gaúchos. 
Na Via Dutra, mais silêncio. Apenas as luzes de tablets e celulares iluminavam o ambiente fúnebre. Todos acompanhavam pela internet o jogo da Lusa sem emitir qualquer som. Parecia que, se alguém falasse, algo poderia dar errado. O primeiro barulho veio quando a Portuguesa fez o primeiro gol, aos sete minutos do segundo tempo, com Moisés. Em algum lugar na estrada, entre as cidades de Barra Mansa e Resende, ainda em solo fluminense, Maurício Ramos não segurou as lágrimas. Chorou como uma criança. Caía a ficha. Em poucos minutos, não estava sozinho: outros jogadores também choraram.
Ônibus do Palmeiras na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Polícia Militar do RJ escolta Palmeiras até ItatiaiaA marretada na cabeça veio com o segundo gol da Portuguesa, aos 15 minutos, com Léo Silva. Alguns desligaram seus aparelhos eletrônicos, pois tudo estava acabado, acreditavam. Mas sempre tem alguém que não desiste, que não consegue se isolar no silêncio da estrada enquanto o destino está sendo jogado lá fora. Em um dos celulares, veio a notícia: gol do Grêmio! André Lima marcou, aos 28. A esperança se renovava. Em quatro minutos, o sentimento cresceu e se fortaleceu: gol do Grêmio! Zé Roberto, aos 32. Será que ainda dava? O empate no Canindé seguia rebaixando o Palmeiras, mas o gol do Grêmio parecia estar tão perto. Era tudo o que o Verdão precisava. Apesar de carregado de tensão, o ambiente voltou a ficar silencioso. Sabe aquela sensação de que, se alguém falar, tudo desanda? Ela havia retornado. Enquanto isso, a Polícia Militar do Rio, que fazia a escolta do ônibus, se despedia aos poucos dos palmeirenses. Alguns carros ainda seguiriam até o posto de pedágio que marca a divisa entre Rio e São Paulo. Era a hora de a Polícia Rodoviária assumir o restante do trajeto.Minutos de sofrimento. Vai dar, não vai dar. Não deu. O árbitro apitou o fim da partida às 21 horas e 22 minutos, com 47 minutos de segundo tempo. O 2 a 2 estampou os celulares e tablets palmeirenses. As lágrimas já haviam se esgotado, apenas a tristeza profunda era companheira de viagem de cada um naquele ônibus. E, na altura de Itatiaia, no quilômetro 322 da Via Dutra, a 15 km de alcançar a divisa com o estado de São Paulo, o Palmeiras chegou ao inferno.
Torcida do Palmeiras na volta do time (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Na chegada ao CT, quatro torcedores para receber e xingar o elenco
Amor sem divisão! Palmeirenses garantem apoio ao Palmeiras na Série B

Torcedores se mobilizam em momento de crise, declaram sua paixão pelo clube e afirmam que estarão ao lado do Alviverde em 2013


PALMEIRAS CHAMADA GALERIA TORCIDA  Amor sem divisão 2 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)

Década Perdida: entre duas quedas, Verdão repete erros e perde terreno

Uma década perdida. Entre 2002 e 2012, o torcedor do Palmeiras sofreu com administrações ruins e alguns poucos bons times que não deram frutos dentro de campo, comemorou apenas três títulos e termina o período chorando o segundo rebaixamento da história do clube.
Nestes dez anos, pouco se aprendeu, muito se errou – principalmente naquilo que era responsabilidade da diretoria. Nem o título da Copa do Brasil apaga o período de estagnação pelo qual vive o Verdão. Enquanto isso, os rivais ficam cada vez mais fortes.
No placar de títulos, o clube mais vitorioso do século passado perde para Corinthians, Santos e São Paulo. Apenas duas conquistas relevantes: o Campeonato Paulista em 2008 e a Copa do Brasil nesta temporada, título que o Palmeiras nem teve tempo de comemorar. A Série B de 2003 também é uma conquista, mas que o torcedor alviverde gostaria de esquecer. Agora, porém, o time vai buscar o bicampeonato para se reerguer mais uma vez.
jogadores do palmeiras desolados no jogo contra o Flamengo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Jogadores do Verdão desolados após empate com o FlamengoDois números ajudam a entender a década de escassez palmeirense: dois títulos de elite e 21 trocas de técnico em dez temporadas mostram que a direção nunca teve tanta convicção em relação a um nome que poderia levar o clube de volta às glórias. Quando manteve Luiz Felipe Scolari por dois anos, o resultado veio com a Copa do Brasil. Mas foi pouco para um técnico campeão do mundo com a seleção brasileira.

Info_PALMEIRASxRIVAIS_TitulosConquistados (Foto: infoesporte)
Em 2002, a sensação era de que a degola serviria para arrumar a casa, talvez até acabar com a hegemonia do ex-presidente Mustafá Contursi no poder. Ledo engano. Com a desculpa de “consertar o que havia feito”, Mustafá continuou no comando por mais dois anos, viu uma safra de garotos levantar o time na Série B, mas logo se desfez da turma e fez o Palmeiras sofrer com jogadores que, em outros momentos, jamais vestiriam a camisa alviverde.
Desde aquela safra de Vagner Love, Diego Souza e Edmílson, o Palmeiras praticamente não revelou jovens valores. A esperança surge com João Denoni, Patrick Vieira, Bruno Dybal, entre outros. É a esperança de dias melhores, de um clube autossustentável e que utiliza bem os diamantes produzidos em casa. Antes de se consolidar, muita coisa precisa mudar. Em dez anos, diferentes erros fizeram o clube parar no tempo.
Info_TECNICOS-PALMEIRAS_2002-2012 (Foto: infoesporte)
Garotos surgem, mas vão embora
A base fez o Palmeiras subir com sobras, mas em 2004 o time foi desfeito. Vagner Love, principal nome, foi vendido ao CSKA, da Rússia, com a justificativa de que o clube precisava de recursos para montar um time forte, algo que não ocorreu. Ao menos, Mustafá deixou o comando com o clube na divisão de elite, e com uma vaga na Taça Libertadores do ano seguinte.
– Eu caí com o time, mas depois o coloquei de volta no seu lugar. Fico muito triste pelo que ocorreu desde então. Hoje, o clube se tornou uma bagunça administrativa – reclamou Mustafá Contursi.
No início de 2005, Affonso Della Monica assumiu a presidência, mas Mustafá nunca deixou de ter influência nos bastidores alviverdes. O atual mandatário, Arnaldo Tirone, só foi eleito graças ao apoio dele.
Eu caí com o time (em 2003), mas depois o coloquei de volta no seu lugar. Fico muito triste pelo que ocorreu. Hoje, o clube se tornou uma bagunça administrativa"
Mustafá Contursi, ex-presidente

O Embrião da Nova Casa
Dentro de campo, o Palmeiras sofreu com eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil entre 2005 e 2007. Jogadores de nível duvidoso reforçaram o time nesse período, sob a justificativa de reduzir os gastos. As dívidas, no entanto, só aumentaram: hoje, passam dos R$ 240 milhões.
Por causa disso, Della Monica fechou parceria com a Traffic, empresa de marketing esportivo, para a temporada 2008. O casamento levou jogadores mais conceituados ao Palmeiras. Na época, o pacote de reforços teve nomes como Diego Souza e Henrique, que faz parte do elenco atual. Um ano depois, também chegariam Cleiton Xavier e Keirrison.
A parceria só deu um título ao Palmeiras, o Paulista de 2008. Começou a estremecer quando o técnico Vanderlei Luxemburgo implicou com a Traffic, que fez dinheiro com as vendas dos jogadores, mas rendeu muito pouco ao clube. Luxa acabou demitido, é verdade, mas a relação não seria mais a mesma até a separação total entre as partes, já no fim de 2010. Gilberto Cipullo, homem forte do futebol na época, sustenta que a Traffic era a única alternativa para o Verdão no momento.
– Sem a Traffic, não teríamos conseguido reforços daquele nível. Temos de admitir que nossa situação financeira era caótica, por isso precisávamos de uma solução. Conquistamos um título e uma vaga na Libertadores, então não pode ter sido tão ruim assim como falam – disse o ex-dirigente e ainda conselheiro do clube.
Ao menos, a administração de Della Monica deixou um legado: a aprovação do projeto da nova Arena Palestra, que só sairia do papel em 2010.
Esperança, depois medo
Luiz Gonzaga Belluzzo Palmeiras (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte)
Belluzzo comandou o Verdão de 2009 até 2010
Luiz Gonzaga Belluzzo assumiu o comando do Palmeiras, em 2009, como o “novo”, aquele que deixaria para trás todas as mazelas da era Mustafá Contursi. No fim, deu na mesma. Mesmo com todas as boas intenções e a montagem de um time fortíssimo para a temporada, o presidente foi “traído” pela queda de produção no fim do Campeonato Brasileiro: do título, passou a ficar fora até da zona de classificação para a Libertadores.
Belluzzo fez o que estava ao seu alcance: contratou o técnico Muricy Ramalho, cobiçado por todos os grandes, e repatriou o ídolo Vagner Love. Com o mau desempenho, o atacante deixou o clube de forma melancólica, após se envolver em briga com torcedores na entrada de um banco. Os "organizados", aliás, foram notícia durante toda a década, envolvendo-se em incontáveis confusões e afastando jogadores do Palmeiras.
Belluzzo se afastou no fim de 2010, com problemas de saúde, mas deixou como legado a contratação do técnico Luiz Felipe Scolari. Salvador Hugo Palaia teve um breve período na presidência até a eleição de Arnaldo Tirone, no início de 2011.
A gestão Tirone foi marcada pela indecisão e incoerência. O vice Roberto Frizzo ajudou a compor um cenário que se tornou quase insustentável nos últimos dois anos, ainda que a conquista da Copa do Brasil tenha amenizado os ânimos. A demissão de Felipão e a chegada de Gilson Kleina foram atitudes tardias e desesperadas. O Palmeiras, em espírito, já estava rebaixado à Série B.
– Tivemos mais acertos do que erros, se eu tiver de sair no início do ano que vem, saio tranquilo. Fiz tudo o que estava ao meu alcance – afirmou Tirone.
Se tivesse feito, o palmeirense, provavelmente, não estaria lamentando mais uma mancha na rica história do Palestra Itália.
Torcida do Palmeiras em Volta Redonda (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Torcida do Palmeiras sofre em Volta Redonda
FONTE: globoesporte.com


domingo, 30 de setembro de 2012

Veja os craques que protagonizaram e protagonizam capas de jogos de futebol

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Perto do lançamento dos principais títulos de games de futebol, previstos para o fim de setembro e começo de outubro, PES 2013 e Fifa 13 não duelam entre si apenas para saber qual deles é melhor. Na guerra para promover as vendas, Messi é a arma da EA Sports, enquanto Neymar e Cristiano Ronaldo estrelam a versão da Konami. Mas a prática de opor craques não é nova, ocorrendo desde o final dos anos 90, quando os destaques dentro das quatro linhas eram outros. Confira os craques que já estrelaram games de futebol:

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Já rivalizando com a franquia da Konami, Fifa resolveu apostar no então jovem David Beckham, da Inglaterra e do Manchester United, para o seu lançamento pré-Copa do Mundo de 1998, na França. O game era de 1997 - Fifa 99, no ano seguinte, teria o atacante holandês Dennis Bergkamp, então no auge de sua forma

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Lançado como Winning Eleven, no Japão, e Goal Storm, nos Estados Unidos, o embrião do atual Pro Evolution Soccer surgiu em 1996. Como opção ao Winning Eleven 3 japonês, a Konami chamou o famoso meia colombiano Carlos Valderrama para protagonizar a versão não asiática do game, batizado como International Superstar Soccer Pro '98, lançada em outubro de 1998

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Depois de capas com Ballack (Fifa 2000) e Davids (Fifa 2001) - dependendo do país do lançamento, eram capas com craques dos campeonatos locais -, Fifa Football 2002 veio com o atacante francês Thierry Henry, então peça imprescindível do Arsenal. O lançamento aconteceu em novembro de 2001

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Os astros continuavam dominando a capa de Fifa 2003. No lançamento global, o brasileiro Roberto Carlos, já estrela no Real Madrid, dividia espaço com o galês Ryan Giggs e o holandês Davids, no lançamento feito em outubro de 2002

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Após não apostar em um personagem real do futebol nas capas de 2001 e 2002, a Konami inovou e trouxe o renomado árbitro italiano Pierluigi Collina para a versão americana, já rebatizada como Pro Evolution Soccer. O game chegou ao mercado em outubro de 2003

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Um ano depois de Fifa 2003, uma capa semelhante tinha o italiano Alessandro Del Piero, Henry e o brasileiro Ronaldinho Gaúcho para a versão 2004 do título da EA

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Além da melhoria na jogabilidade e graficos e o incremento das licenças, Collina dividiu a capa de PES 4 com Henry (que 'virou a casaca') e Francesco Totti, ídolo da Roma. O game chegou às lojas em outubro de 2004

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
O francês Patrick Vieira, o espanhol Fernando Morientes e o ucraniano Andriy Shevchenko brilhavam em Fifa 2005, lançado em outubro de 2004

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PES 5 consolidou a 'guerra' entre os dois títulos, desde a capa até os pixels na TV. O zagueiro John Terry e o atacante Henry 'se encararam' no game lançado em outubro de 2005

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Além da 'volta' Ronaldinho, que vivia fase esplendorosa no Barcelona, um craque estreou na capa de Fifa 06 para ficar por bastante tempo na franquia da EA: Wayne Rooney, que chegou ao mercado em outubro de 2005

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
O atacante Adriano tomou o lugar de Henry e dividiu a capa com Terry em PES 6, lançamento da Konami em outubro de 2006

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Fifa 07 repetiu os personagem do lançamento anterior e trouxe Ronaldinho e Rooney no título de setembro de 2006

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Michael Owen e Cristiano Ronaldo, ainda no Manchester United, mas posando com a camisa de Portugal, estrelaram o game da Konami lançado em outubro de 2007

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Em setembro de 2007, Fifa 08 trouxe o duo Ronaldinho e Rooney pelo terceiro jogo consecutivo da EA

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
O contra-ataque da Konami veio nos pés de Lionel Messi, único craque na capa de PES 2009, a versão lançada em outubro de 2008

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Na quarta e última vez em que apareceriam juntos em Fifa, Ronaldinho e Rooney sacramentaram a maior 'parceria' da história dos games nas capas em Fifa 10, de outubro de 2009

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Em PES 2010, Messi ganhou a companhia de Fernando Torres, atacante espanhol. O jogo chegou aos consumidores em outubro de 2009

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Em uma das versõesd e Fifa 10, Rooney ganhou a companhia dos rivais Frank Lampard (Chelsea) e Theo Walcott (Arsenal) , lançamento de outubro de 2009

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Messi voltou a ser soberano em PES 2011, que a Konami lançou em outubro de 2010

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Novamente, Rooney surge em uma capa do título da EA. Em Fifa 11, o companheiro é o brasileiro Kaká, do Real Madrid. O game é de setembro de 2010

De Valderrama a Messi, estrelas promovem principais títulos de games de futebol (© Reprodução)
Sem Messi, que trocaria de título para estrelar o futuro Fifa 13, restou a Konami apostar em seu maior rival nos campos para a última versão: Cristiano Ronaldo, que também integra PES 2013