terça-feira, 20 de novembro de 2012

Caixa Econômica Federal é o novo patrocinador do Corinthians até o final de 2014; patrocinador é para o Mundial

Link permanente da imagem incorporada
Modelos Danilo, Romarinho e Zizao apresentando a nova camisa do Corinthians

O Corinthians apresentou a nova camisa já com o novo patrocinador. Caixa Econômica Federal fechou com o Corinthians por R$ 31 milhões. O patrocínio é para o Mundial de Clubes da FIFA, que começa no dia 6 de dezembro. Patrocínio até final de 2014

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Com o empate da Portuguesa sobre o Grêmio, a vitória do Bahia sobre a Ponte Preta e a vitória do Sport sobre o Botafogo, Palmeiras é rebaixado à Série B


A 36ª rodada do Campeonato Brasileiro decretou o rebaixamento do Palmeiras à Série B. Os torcedores do Verdão estão cabisbaixos, mas os rivais não querem nem saber. E a zoação não para na internet: elas vão da paródia da cena do filme ‘A Queda! As últimas horas de Hitler’ ao hit Gangnam Style com o rosto de Barcos no lugar do cantor sul-coreano Psy.

Abaixo você confere os principais vídeos, imagens e frases que estão rolando nas redes sociais e blogs:
Hitler palmeirense: ‘O Palmeiras cai mais que o Neymar’

Rebaixamento Style
Mussum Forevis
Caverna do Dragão: Desejo Impossível
Novo Reforço do Verdão
Nas Redes Sociais...
Angry Birds
Sheik Malvado
Patrocínio Novo
Carne de Segunda
Naufrágio Verde
Novo Técnico
Piada Sem Graça
Aniversário de 10 anos
Ótima Segunda
Até o Chapolin
Imagem da Semana
Status Atual
Dia de São Marcos
No Supermercado...
Guarani da Capital
Lançamento Automotivo
Na Estrada...
Love Malvado...
Patrocínio Master
Obituário
Paralamas do Sucesso
FRASES
“O Palmeiras viaja no sábado, joga no domingo e volta na SEGUNDA (divisão)”.
“Depois da rodada, eu até telefonei pra tentar consolar um amigo palmeirense, mas a ligação CAIU…”
“Então seu time é ‘o maior campeão nacional’? Conte-me como é ser BI-REBAIXADO!”
“Sabe qual é a semelhança entre o Palmeiras e o dia dos mortos? Os dois caem em novembro!”
“O Porco vai comemorar os 10 anos do primeiro rebaixamento com mais um rebaixamento!”
“Qual a diferença do Palmeiras pro dente de leite? Resposta: É que o dente de leite só cai uma vez”
“É, Palmeiras, agora não adianta chorar o Maikon Leite derramado”
“Inauguração da nova Arena Palestra – Promoção – Palmeiras x ASA de Arapiraca”
O time do Palmeiras soube do rebaixamento no ônibus no KM 322 da Via Dutra

Delegação acompanha duelo entre Portuguesa e Grêmio durante viagem de volta para São Paulo. E chega ao inferno em Itatiaia, com silêncio e lágrimas


Em campo, o Palmeiras não conseguiu o principal objetivo: vencer o Flamengo. Empatou por 1 a 1, em Volta Redonda, e colocou o próprio destino nas mãos dos adversários. Restou ao Verdão segurar as lágrimas - de alegria ou tristeza - até o fim do jogo da Portuguesa contra o Grêmio, no Canindé. Acabada a partida no Raulino de Oliveira, o time entrou em um ônibus para percorrer a Rodovia Presidente Dutra de olho no que o destino reservava: uma estrada com um oásis no fim ou o inferno da Série B à espera em algum lugar entre Rio e São Paulo.

Ônibus do Palmeiras na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Ônibus do Palmeiras escoltado pela polícia na Via Dutra
Após o empate, a delegação palmeirense ainda ficou em silêncio por cerca de uma hora no vestiário. Choro, só no campo, de forma modesta. Os jogadores ficaram quietos, cabisbaixos, sem reação.
- Já viram velório? Foi isso que aconteceu depois do jogo - resumiu o técnico Gilson Kleina.
O grupo caminhou para o ônibus com a expressão de quem perdeu realmente um amigo ou parente próximo. A viagem seria de muita tensão. Afinal, o time deixou o estádio às 20h, quando Portuguesa e Grêmio já se enfrentavam no Canindé, com o placar de 0 a 0. Um empate já seria suficiente para rebaixar o Palmeiras, que precisaria torcer como nunca por uma vitória dos gaúchos. 
Na Via Dutra, mais silêncio. Apenas as luzes de tablets e celulares iluminavam o ambiente fúnebre. Todos acompanhavam pela internet o jogo da Lusa sem emitir qualquer som. Parecia que, se alguém falasse, algo poderia dar errado. O primeiro barulho veio quando a Portuguesa fez o primeiro gol, aos sete minutos do segundo tempo, com Moisés. Em algum lugar na estrada, entre as cidades de Barra Mansa e Resende, ainda em solo fluminense, Maurício Ramos não segurou as lágrimas. Chorou como uma criança. Caía a ficha. Em poucos minutos, não estava sozinho: outros jogadores também choraram.
Ônibus do Palmeiras na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Polícia Militar do RJ escolta Palmeiras até ItatiaiaA marretada na cabeça veio com o segundo gol da Portuguesa, aos 15 minutos, com Léo Silva. Alguns desligaram seus aparelhos eletrônicos, pois tudo estava acabado, acreditavam. Mas sempre tem alguém que não desiste, que não consegue se isolar no silêncio da estrada enquanto o destino está sendo jogado lá fora. Em um dos celulares, veio a notícia: gol do Grêmio! André Lima marcou, aos 28. A esperança se renovava. Em quatro minutos, o sentimento cresceu e se fortaleceu: gol do Grêmio! Zé Roberto, aos 32. Será que ainda dava? O empate no Canindé seguia rebaixando o Palmeiras, mas o gol do Grêmio parecia estar tão perto. Era tudo o que o Verdão precisava. Apesar de carregado de tensão, o ambiente voltou a ficar silencioso. Sabe aquela sensação de que, se alguém falar, tudo desanda? Ela havia retornado. Enquanto isso, a Polícia Militar do Rio, que fazia a escolta do ônibus, se despedia aos poucos dos palmeirenses. Alguns carros ainda seguiriam até o posto de pedágio que marca a divisa entre Rio e São Paulo. Era a hora de a Polícia Rodoviária assumir o restante do trajeto.Minutos de sofrimento. Vai dar, não vai dar. Não deu. O árbitro apitou o fim da partida às 21 horas e 22 minutos, com 47 minutos de segundo tempo. O 2 a 2 estampou os celulares e tablets palmeirenses. As lágrimas já haviam se esgotado, apenas a tristeza profunda era companheira de viagem de cada um naquele ônibus. E, na altura de Itatiaia, no quilômetro 322 da Via Dutra, a 15 km de alcançar a divisa com o estado de São Paulo, o Palmeiras chegou ao inferno.
Torcida do Palmeiras na volta do time (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Na chegada ao CT, quatro torcedores para receber e xingar o elenco
Amor sem divisão! Palmeirenses garantem apoio ao Palmeiras na Série B

Torcedores se mobilizam em momento de crise, declaram sua paixão pelo clube e afirmam que estarão ao lado do Alviverde em 2013


PALMEIRAS CHAMADA GALERIA TORCIDA  Amor sem divisão 2 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)

Década Perdida: entre duas quedas, Verdão repete erros e perde terreno

Uma década perdida. Entre 2002 e 2012, o torcedor do Palmeiras sofreu com administrações ruins e alguns poucos bons times que não deram frutos dentro de campo, comemorou apenas três títulos e termina o período chorando o segundo rebaixamento da história do clube.
Nestes dez anos, pouco se aprendeu, muito se errou – principalmente naquilo que era responsabilidade da diretoria. Nem o título da Copa do Brasil apaga o período de estagnação pelo qual vive o Verdão. Enquanto isso, os rivais ficam cada vez mais fortes.
No placar de títulos, o clube mais vitorioso do século passado perde para Corinthians, Santos e São Paulo. Apenas duas conquistas relevantes: o Campeonato Paulista em 2008 e a Copa do Brasil nesta temporada, título que o Palmeiras nem teve tempo de comemorar. A Série B de 2003 também é uma conquista, mas que o torcedor alviverde gostaria de esquecer. Agora, porém, o time vai buscar o bicampeonato para se reerguer mais uma vez.
jogadores do palmeiras desolados no jogo contra o Flamengo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Jogadores do Verdão desolados após empate com o FlamengoDois números ajudam a entender a década de escassez palmeirense: dois títulos de elite e 21 trocas de técnico em dez temporadas mostram que a direção nunca teve tanta convicção em relação a um nome que poderia levar o clube de volta às glórias. Quando manteve Luiz Felipe Scolari por dois anos, o resultado veio com a Copa do Brasil. Mas foi pouco para um técnico campeão do mundo com a seleção brasileira.

Info_PALMEIRASxRIVAIS_TitulosConquistados (Foto: infoesporte)
Em 2002, a sensação era de que a degola serviria para arrumar a casa, talvez até acabar com a hegemonia do ex-presidente Mustafá Contursi no poder. Ledo engano. Com a desculpa de “consertar o que havia feito”, Mustafá continuou no comando por mais dois anos, viu uma safra de garotos levantar o time na Série B, mas logo se desfez da turma e fez o Palmeiras sofrer com jogadores que, em outros momentos, jamais vestiriam a camisa alviverde.
Desde aquela safra de Vagner Love, Diego Souza e Edmílson, o Palmeiras praticamente não revelou jovens valores. A esperança surge com João Denoni, Patrick Vieira, Bruno Dybal, entre outros. É a esperança de dias melhores, de um clube autossustentável e que utiliza bem os diamantes produzidos em casa. Antes de se consolidar, muita coisa precisa mudar. Em dez anos, diferentes erros fizeram o clube parar no tempo.
Info_TECNICOS-PALMEIRAS_2002-2012 (Foto: infoesporte)
Garotos surgem, mas vão embora
A base fez o Palmeiras subir com sobras, mas em 2004 o time foi desfeito. Vagner Love, principal nome, foi vendido ao CSKA, da Rússia, com a justificativa de que o clube precisava de recursos para montar um time forte, algo que não ocorreu. Ao menos, Mustafá deixou o comando com o clube na divisão de elite, e com uma vaga na Taça Libertadores do ano seguinte.
– Eu caí com o time, mas depois o coloquei de volta no seu lugar. Fico muito triste pelo que ocorreu desde então. Hoje, o clube se tornou uma bagunça administrativa – reclamou Mustafá Contursi.
No início de 2005, Affonso Della Monica assumiu a presidência, mas Mustafá nunca deixou de ter influência nos bastidores alviverdes. O atual mandatário, Arnaldo Tirone, só foi eleito graças ao apoio dele.
Eu caí com o time (em 2003), mas depois o coloquei de volta no seu lugar. Fico muito triste pelo que ocorreu. Hoje, o clube se tornou uma bagunça administrativa"
Mustafá Contursi, ex-presidente

O Embrião da Nova Casa
Dentro de campo, o Palmeiras sofreu com eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil entre 2005 e 2007. Jogadores de nível duvidoso reforçaram o time nesse período, sob a justificativa de reduzir os gastos. As dívidas, no entanto, só aumentaram: hoje, passam dos R$ 240 milhões.
Por causa disso, Della Monica fechou parceria com a Traffic, empresa de marketing esportivo, para a temporada 2008. O casamento levou jogadores mais conceituados ao Palmeiras. Na época, o pacote de reforços teve nomes como Diego Souza e Henrique, que faz parte do elenco atual. Um ano depois, também chegariam Cleiton Xavier e Keirrison.
A parceria só deu um título ao Palmeiras, o Paulista de 2008. Começou a estremecer quando o técnico Vanderlei Luxemburgo implicou com a Traffic, que fez dinheiro com as vendas dos jogadores, mas rendeu muito pouco ao clube. Luxa acabou demitido, é verdade, mas a relação não seria mais a mesma até a separação total entre as partes, já no fim de 2010. Gilberto Cipullo, homem forte do futebol na época, sustenta que a Traffic era a única alternativa para o Verdão no momento.
– Sem a Traffic, não teríamos conseguido reforços daquele nível. Temos de admitir que nossa situação financeira era caótica, por isso precisávamos de uma solução. Conquistamos um título e uma vaga na Libertadores, então não pode ter sido tão ruim assim como falam – disse o ex-dirigente e ainda conselheiro do clube.
Ao menos, a administração de Della Monica deixou um legado: a aprovação do projeto da nova Arena Palestra, que só sairia do papel em 2010.
Esperança, depois medo
Luiz Gonzaga Belluzzo Palmeiras (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte)
Belluzzo comandou o Verdão de 2009 até 2010
Luiz Gonzaga Belluzzo assumiu o comando do Palmeiras, em 2009, como o “novo”, aquele que deixaria para trás todas as mazelas da era Mustafá Contursi. No fim, deu na mesma. Mesmo com todas as boas intenções e a montagem de um time fortíssimo para a temporada, o presidente foi “traído” pela queda de produção no fim do Campeonato Brasileiro: do título, passou a ficar fora até da zona de classificação para a Libertadores.
Belluzzo fez o que estava ao seu alcance: contratou o técnico Muricy Ramalho, cobiçado por todos os grandes, e repatriou o ídolo Vagner Love. Com o mau desempenho, o atacante deixou o clube de forma melancólica, após se envolver em briga com torcedores na entrada de um banco. Os "organizados", aliás, foram notícia durante toda a década, envolvendo-se em incontáveis confusões e afastando jogadores do Palmeiras.
Belluzzo se afastou no fim de 2010, com problemas de saúde, mas deixou como legado a contratação do técnico Luiz Felipe Scolari. Salvador Hugo Palaia teve um breve período na presidência até a eleição de Arnaldo Tirone, no início de 2011.
A gestão Tirone foi marcada pela indecisão e incoerência. O vice Roberto Frizzo ajudou a compor um cenário que se tornou quase insustentável nos últimos dois anos, ainda que a conquista da Copa do Brasil tenha amenizado os ânimos. A demissão de Felipão e a chegada de Gilson Kleina foram atitudes tardias e desesperadas. O Palmeiras, em espírito, já estava rebaixado à Série B.
– Tivemos mais acertos do que erros, se eu tiver de sair no início do ano que vem, saio tranquilo. Fiz tudo o que estava ao meu alcance – afirmou Tirone.
Se tivesse feito, o palmeirense, provavelmente, não estaria lamentando mais uma mancha na rica história do Palestra Itália.
Torcida do Palmeiras em Volta Redonda (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Torcida do Palmeiras sofre em Volta Redonda
FONTE: globoesporte.com